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Compromisso em defesa da vida da juventude

Foi realizada, nos dias 28 e 29 de Outubro em Goiânia, a 2ª Conferência Estadual da Juventude, contando com a participação de mais de 400 pessoas, entre delegados, convidados e observadores. Essa etapa foi realizada, considerando a realização de mais de 60 conferências municipais em todo o estado, de norte a sul. A presença dos/as jovens foi marcante no evento, contando com uma participação efetiva de mais de 60% dos presentes.

Na abertura do evento, estiveram presentes diversas organizações civis e de estado. Representando a sociedade civil na mesa de abertura estava o jovem Marcelo Lemos, da Casa da Juventude (veja abaixo a fala de na abertura). Também esteve presente o Secretário de Articulação Interinstitucional, Daniel Goulart, e o superintendente de Juventude, Leonardo Felipe. Também o Reitor da PUC- GO professor Wolmir Amando, a Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis da UEG, Profª. Danúsia Arantes, e, representando a Assembleia Legislativa, o Deputado Mauro Rubens, entre outros.


Rodas de Conversa
Para ajudar no caminho dos trabalhos da II conferencia, foi utilizada pela primeira vez numa Conferência a Metodologia das Rodas de Conversa, mesmo caminho feito para escuta dos/as jovens na pesquisa sobre a Condição Juvenil em Goiás – Redes de Proteção pela CAJU – Casa da Juventude. As Rodas foram realizadas com apoio de professores da UEG e PUC – GO, que tiveram capacitação sobre a metodologia dias antes da Conferência. Todo o processo foi construindo coletivamente entre a Sociedade Civil e Governo do Estado pela Superintendência Estadual de Juventude.

Foram realizadas 18 Rodas de Conversa, sendo três para cada um dos eixos temáticos: Direito ao Desenvolvimento Integral: educação, trabalho, cultura, comunicação; Direito ao Território: cidade, campo, transporte, meio ambiente e comunidades tradicionais; Direito à experimentação e qualidade de vida: saúde, esporte, lazer e tempo livre; Direito à diversidade e à vida segura: segurança, valorização e respeito à diversidade e direitos humanos; Direito à participação; e ainda como eixo temático do Estado o Mapa da Violência contra a Juventude no Estado de Goiás.

Cada uma das rodas produziu indicativos de alteração para o texto nacional, e entre as propostas que mais apareceram nas rodas defiram cinco principais para serem enviadas à etapa Nacional. Entre as propostas, destacam-se para o estado: a. elaboração de um plano trienal de trabalho com a para a Juventude em Goiás, a partir das demandas levantadas nas conferências municipais e estadual; b. Plano trienal de superação da violência contra a Juventude em Goiás; c. Criação dos Conselhos Municipais, Regionais e Estadual da Juventude para 2012.


Propostas e moções
Nos intervalos dos trabalhos e refeições, os/as jovens puderam ver apresentação de grupos de dança ligados à cultura hip hop, cultura LGBT, e diálogos com o jovem surdo-mudo Pedro Henrique, que marcou a todos/as com sua presença propositiva e questionadora para qualidade de Vida para os/as jovens com deficiência. Ao final, foram apresentadas moções para aprovação, sendo algumas aprovadas depois de calorosos debates. Entre as moções, destacamos a que indicou o nome do Pe. Geraldo Marcos Labarrère para recebimento do prêmio Direitos Humanos Nacional, que foi aprovada por todos/as presentes.

Logo após, foram eleitos, de maneira propositiva, representantes da sociedade civil, entre entidades e municípios, 30 delegados/as e 10 do poder público e demais suplentes, para etapa nacional que acontecerá entre os dias 8 e 15 de Dezembro de 2011, em Brasília. Representando a Casa da Juventude, irá Marcelo Lemos e representando a Pastoral da Juventude, Ronan Gabriel. Destacamos ainda o nome do jovem Sérgio, estudante de ciências sociais da UFG, e a jovem Gisele Cristina Nascimento, estudante universitária, e João Neto, que representam municípios, mas que também são da PJ.

Trechos do texto de abertura usado por Marcelo Lemos

“Temos que dizer que esta II conferência Estadual de Juventude representa um esforço de muitas Juventudes e, sobre tudo, das Juventudes representadas nos agrupamentos sociais com compreensão da Defesa dos Direitos da Juventude. Nesse sentido, as Políticas Públicas deverão estar no entendimento de três aspectos, a nosso ver, fundamentais para avançarmos na garantida dos Direitos. Primeiro, fortalecer a compreensão dos jovens como sujeitos de direitos, definidos não por suas incompletudes ou desvios, mas por suas especificidades e necessidades, que devem ser reconhecidas no espaço público como demandas cidadãs legítimas (ABRAMO, 2005). Segundo, promover, no horizonte das ações dessa emancipação social juvenil, a defesa integral de sues direitos humanos. Isso significa enfrentar os flagelos sociais intergeracionais da exclusão social, devido às condições de vida das juventudes empobrecidas. Não fazer uma opção radical pela defesa da vida das juventudes empobrecidas, é não tornar legitimo os esforços de espaços de participação social, é negar debates, estudos, rodas de conversa com as juventudes, centros de referência da Juventude, Conselho de Juventude e até mesmo Conferência de Juventude. Porque são nesses espaços que as Juventudes podem dar seu grito: “A Juventude Quer Viver”. É dizer: chega de extermínio da Juventude, chega de mortes de que tem idade entre 15 e 29 anos e sem identidades, basta de culpar a ponta da drogadição, o narcotráfico e o traficante como a causa das mortes dos/das jovens. Basta de Violência contra a Juventude. E assumir que outras e diversas e, até mesmo, forças de Estado é que ceifam a vida da Juventude, eliminam o que para eles é o problema. O Estado de Goiás conviveu, inclusive, para não compreensão da Juventude como sujeitos de Direitos, o que esteve estampado nas capas dos principais jornais que somente em Setembro foram 56 homicídios, destes, 36 de jovens entre 15 e 28 anos. Garantir Direitos é um esforço de quem reconhece que a Juventude é sujeito de Diretos, inclusive de Viver a Juventude. E por fim, reconhecer o Direito ao Bem Viver das Juventudes, que passa pela efetiva oportunidade de estar vivendo no agora, neste tempo presente, neste lugar da casa do mundo. Recriando, reinventando o mundo para o Bem Viver. Constituindo com Criatividade e Beleza das novas relações possíveis a partir da multiplicidade das identidades juvenis, entre negros e brancos, indígenas, pessoas com deficiência, mulheres e homens, LGBT, rurais, ribeirinhos e populações tradicionais, dentre outras. As juventudes brasileiras têm Direito ao Bem Viver. Por isso, queremos com essa II Conferência promover a institucionalização não somente das Políticas Públicas de Juventude, mas, neste Estado de Direito Legislado, garantir a visibilidade institucional e legal, da Vida da Juventude…”

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Teias da Comunicação

Equipe Nacional de Comunicação da PJ "Teias da Comunicação"

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