Autoridades, a juventude quer viver!
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- Teias da Comunicação
- 9 de agosto de 2010
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Até quando você vai levando, porrada, porrada, até quando vai ficar sem fazer nada?
(Trecho da música até quando? de Gabriel o pensador)
Passado 1 ano ou exatos 13 meses, da morte daquele que lutou contra todas as formas de violência juvenil, o nosso querido padre Gisley, vítima daquilo que lutava contra, me vêem alguns questionamentos: Aonde iremos chegar? Aonde iremos parar com tanta violência? O que vamos fazer?
Interessante é observar que aqueles que mais sofrem algum tipo de violência, são na maioria das vezes, jovens pobres e esquecidos, massificados por um governo que a cada dia demonstra a sua ineficiência ao tratar da temática da segurança pública, dos direitos humanos e da violência juvenil.
É importante que reconheçamos que os nossos jovens a cada dia são os mais prejudicados: Irmãos, primos ou até mesmo um colega de trabalho pastoral, são esses que agora vêem sofrendo com a falta de planejamento político para a juventude. Abramos os nossos olhos!
Em meio a toda essa violência que se instaura, é imprescindível que não nos calemos, que não deixemos passar e baixando nossas cabeças como meros cordeiros. Quem não se lembra da morte do jovem sonhador, o Alcides, aquele que ficou conhecido por ter passado em 1° lugar no curso de Biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco. Jovem de família humilde e que foi morto a tiros por não saber informar aos criminosos onde estavam os seus vizinhos. E morte do jovem Djair de Jesus, arrastado e executado pela policia militar do estado da Bahia, sem envolvimento algum com drogas.
É diante de cenas como essas, mostradas rotineiramente pela mídia, que olho para as autoridades competentes, responsáveis pelas políticas públicas para a nossa juventude nesse país e não consigo que eles (os responsáveis-mor) me inspirem credibilidade alguma, deixando-nos ao “Deus dará”.
Sinto-me mal, quando olho para o mapa da violência mundial, e vejo o Brasil na terceira posição, atrás apenas da Colômbia e da Venezuela, no tocante a assassinatos juvenis.
Sinto-me mal, em saber que em cada 10 jovens assassinados, 7 são negros.
Sinto-me mal, em saber que se continuar dessa forma que está, até 2013, ou seja, daqui a 2 anos morrerão em média 33.500 jovens, segundo os estudos a RITLA (rede de informação tecnológica latino americana).
Sinto-me mal, em saber que o governo continua querendo reduzir a maioridade penal, onde sabemos que o principal responsável pela violência é a desigualdade social e não o fato de ser jovem.
Sinto-me mal, em saber que ainda são poucas as iniciativas do governo na proposição e na execução de políticas para a juventude.
Por fim, é preciso que diante de tanta crueldade com a nossa juventude, não possamos ficar de braços cruzados e calados. Devemos lutar pela verdade, dizendo por todos os cantos: Autoridades, a juventude quer viver!
* Assessor da AJS (Articulação da Juventude Salesiana) de Natal (RN) e membro da asessoria do Setor juventude da Arquidiocese de Natal.
Até quando você vai levando, porrada, porrada, até quando vai ficar sem fazer nada?
(Trecho da música até quando? de Gabriel o pensador)
Passado 1 ano ou exatos 13 meses, da morte daquele que lutou contra todas as formas de violência juvenil, o nosso querido padre Gisley, vítima daquilo que lutava contra, me vêem alguns questionamentos: Aonde iremos chegar? Aonde iremos parar com tanta violência? O que vamos fazer?
Interessante é observar que aqueles que mais sofrem algum tipo de violência, são na maioria das vezes, jovens pobres e esquecidos, massificados por um governo que a cada dia demonstra a sua ineficiência ao tratar da temática da segurança pública, dos direitos humanos e da violência juvenil.
É importante que reconheçamos que os nossos jovens a cada dia são os mais prejudicados: Irmãos, primos ou até mesmo um colega de trabalho pastoral, são esses que agora vêem sofrendo com a falta de planejamento político para a juventude. Abramos os nossos olhos!
Em meio a toda essa violência que se instaura, é imprescindível que não nos calemos, que não deixemos passar e baixando nossas cabeças como meros cordeiros. Quem não se lembra da morte do jovem sonhador, o Alcides, aquele que ficou conhecido por ter passado em 1° lugar no curso de Biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco. Jovem de família humilde e que foi morto a tiros por não saber informar aos criminosos onde estavam os seus vizinhos. E morte do jovem Djair de Jesus, arrastado e executado pela policia militar do estado da Bahia, sem envolvimento algum com drogas.
É diante de cenas como essas, mostradas rotineiramente pela mídia, que olho para as autoridades competentes, responsáveis pelas políticas públicas para a nossa juventude nesse país e não consigo que eles (os responsáveis-mor) me inspirem credibilidade alguma, deixando-nos ao “Deus dará”.
Sinto-me mal, quando olho para o mapa da violência mundial, e vejo o Brasil na terceira posição, atrás apenas da Colômbia e da Venezuela, no tocante a assassinatos juvenis.
Sinto-me mal, em saber que em cada 10 jovens assassinados, 7 são negros.
Sinto-me mal, em saber que se continuar dessa forma que está, até 2013, ou seja, daqui a 2 anos morrerão em média 33.500 jovens, segundo os estudos a RITLA (rede de informação tecnológica latino americana).
Sinto-me mal, em saber que o governo continua querendo reduzir a maioridade penal, onde sabemos que o principal responsável pela violência é a desigualdade social e não o fato de ser jovem.
Sinto-me mal, em saber que ainda são poucas as iniciativas do governo na proposição e na execução de políticas para a juventude.
Por fim, é preciso que diante de tanta crueldade com a nossa juventude, não possamos ficar de braços cruzados e calados. Devemos lutar pela verdade, dizendo por todos os cantos: Autoridades, a juventude quer viver!
* Assessor da AJS (Articulação da Juventude Salesiana) de Natal (RN) e membro da asessoria do Setor juventude da Arquidiocese de Natal.