Carta de Santa Maria – PJ do Rio Grande do Sul
Pastoral da Juventude – CNBB Regional Sul 3
“Dai a juventude o que é da juventude!”
A Pastoral da Juventude do Rio Grande do Sul, a Pastoral da Juventude Estudantil e as Comunidades Eclesiais de Base, inspiradas pelo tema “Pastorais da Juventude em Defesa da Vida”, celebrando o Dia Nacional da Juventude em Santa Maria no dia 19 de outubro de 2014, em sintonia com a temática do DNJ proposto pela CNBB, “FEITOS PARA SERMOS LIVRES, NÃO ESCRAVOS”, assumem o compromisso com a vida das juventudes.
A partir daquilo que vimos, ouvimos, contemplamos e tocamos (cf 1Jo1,1) devemos como jovens das PJ’s denunciar todas as situações de violência, que matam, oprimem e exterminam a juventude. Denunciar todas as formas de violação dos direitos de nossos/as jovens que atentam contra a dignidade, cidadania e participação social.
Denunciamos a maneira com que a mídia hegemônica constrói e divulga uma ideologia em relação à juventude, ora privilegiando-a como estereótipo de beleza e vitalidade, ora condenando-a por diversos problemas sociais e taxando-a de subversiva. Como Pastoral da Juventude, acreditamos que os jovens não merecem e não devem ser vitimizados pelo jogo de interesses de uma mídia focada apenas no lucro e despreocupada com a vida da juventude.
Repudiamos a falta de cuidado e valorização da sociedade em relação aos jovens, e todo projeto de morte, violência, criminalização e preconceito racial, religioso, de classe, gênero e orientação sexual.
As Pastorais da Juventude, por defenderem a vida, a educação e a liberdade, são protagonistas das diversas políticas públicas e reafirmam sua posição contrária a redução da maioridade penal.
Anunciamos a luta da juventude em defesa da vida, em sintonia com a Campanha Contra a Violência e Extermínio de jovens, por meio da valorização das diversidades juvenis, sendo o grupo de jovens, em nossas comunidades, escolas, praças e ruas e do meio rural, o meio para a construção e maturação da identidade.
Nossos grupos são espaços de fé, sonhos, esperanças, partilhas, cuidado, e caminham de mãos dadas na construção da Civilização do Amor.
Queremos assim, reafirmar nossa fé em Jesus Cristo, filho da jovem Maria que soube acolher o Projeto de Deus; reafirmar nossa fé e esperança em uma Igreja Libertadora que se coloca ao lado dos jovens e excluídos; reafirmar nossa fé, esperança e amor pelo protagonismo da juventude que ousa sonhar e cuidar da vida, pois tem compromisso profético com os pobres e esquecidos do sistema que estamos inseridos.
Ousamos dizer Amém, Axé, Awerê, Aleluia!
Santa Maria – Rio Grande do Sul, 19 de outubro de 2014