Juventude realiza 14ª Romaria com a Pastoral da Terra.
"Com profetismo e alegria respondem ao chamado do Deus da Vida"
A Romaria da Terra e das Águas do Estado de São Paulo realizada pela CPT em conjunto com a Pastoral da Juventude aconteceu no dia 3 de agosto, com o lema ”Trabalhadores e trabalhadoras pela vida, terra livre, água de todos, povo soberano”, reunindo cerca de 5 mil pessoas. A caminhada iniciou-se no Centro Pastoral Santa Fé, com uma mística de abertura, e terminou na Comuna da Terra Irmã Alberta, com uma celebração ecumênica. Lá estão acampadas 40 famílias que reivindicam o assentamento e desejam marcar uma audiência com o governador José Serra para tratar da propriedade que pertence à Sabesp.
Na abertura estiveram presentes, Dom José Benedito Simão, bispo da região Brasilândia; Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo da região Belém; Dom Tomás Balduíno, assessor nacional da Pastoral da Terra e Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. “É preciso chamar a atenção sobre a natureza, a terra e a água para que sejam zeladas e se mantenham na possibilidade de uso para todos e não sejam concentradas em poucas mãos”, afirmou Dom Odilo.
A Pastoral da Juventude, que realizava sua 14ª Romaria no Regional Sul 1 – com participação massiva de jovens de várias partes do Estado, somou forças nas pautas de reivindicações dos acampados na Comuna da Terra Irmã Alberta e reafirmou o papel das pastorais sociais. “A luta pela terra, pelo espaço de uma vida digna, reforça a postura de pastoral social. Essa é uma luta das pastorais sociais e a luta por terra contra o latifúndio”, lembrou Marcelo Henrique Naves, assessor da Pastoral da Juventude da arquidiocese de São Paulo.
Também acompanhou o evento o assessor nacional da Comissão Pastoral da Terra, dom Tomás Balduíno. “Romaria é uma caminhada, mas não é um ponto de chegada. A caminhada é em vista de algo que está por acontecer, que se liga à proposta de Jesus com o Reino que precisa ser construído, não cai do céu pronto. A romaria enfoca a terra e as águas, os direitos dos trabalhadores, dos camponeses, numa sociedade em que isso é pisado, marginalizado, de maneira que é o momento de levantar a bandeira de luta, celebrar as vitórias e reivindicar aquilo que é justo reivindicar. A Romaria se encerra na longa caminhada do povo de Deus na conquista da terra prometida, hoje mais urgente do que nunca”, explicou dom Tomás.
Com informações do site da CNBB e da Arquidiocese de São Paulo