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PJ na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!

 PJ na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!

27º Grito dos/as Excluídos/as

Vida em primeiro Lugar!

Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!

Para onde caminhamos? Para onde caminha a humanidade? Para onde está caminhando o Brasil às vésperas de seus 200 anos de independência em 2022? A que têm servido os “bons costumes” da sociedade? Em pleno século 21, em meio aos avanços tecnológicos e científicos, a pandemia revela e põe em prova a nossa capacidade de solidariedade e de administrar conflitos. Milhares de pessoas morrendo, recursos estocados em bancos internacionais, aparelhos de saúde parados em depósitos por terem sido superfaturados e impossibilitados de ser usados, testes de Covid vencendo o prazo de validade e sem serem utilizados.

Vacinas não chegam em tempo à população porque o governo não encomendou com antecedência. Colocando suspeitas sobre as vacinas já aprovadas pela Organização Mundial da Saúde, e outros países.

O auxílio emergencial alimentou 68 milhões de brasileiros/as, dos 108 milhões que solicitaram. Mesmo assim, em 2020, sobraram 29 milhões do valor orçado e liberado para esse fim. Em 2021, o governo cortou mais de 20 milhões de pessoas das que receberam o auxílio no ano passado, além da redução drástica do valor a ser recebido. 

O preço dos alimentos subiu absurdamente. A fome aumentou em decorrência do desemprego e da pandemia. Uma pesquisa da Central Única de Favelas (CUFA), Institutos Data Favela e Locomotiva, no Rio de Janeiro, em março de 2021, apontou que 82% da população que vivem nas favelas e periferias não conseguem sobreviver sem doações. Com isso, a fome volta a nos aterrorizar e as tecnologias e políticas não são suficientes para conter tal monstruosidade.

As grandes empresas atacadistas, cerealistas, promoveram em 2020 o aumento do preço dos alimentos, pois sabiam que a população que recebeu o auxílio emergencial gastou 53% deste na compra de alimentos e 25% para pagamento de contas de luz e água, são dados da Campanha pelo Auxílio Emergencial até o fim da pandemia. Além disso, a maior parte da área de produção no Brasil é destinada ao agronegócio que produz para exportar. Só a gasolina subiu 40,76% e o diesel 36,14%, no período de janeiro a março de 2021.

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que, em 2020, a população em situação de rua aumentou para mais de 220 mil pessoas. Quem ajuda a servir alimentos para essas pessoas percebe, facilmente, novos sujeitos vivendo nas ruas, famílias com crianças, idosos, migrantes. Além do preço dos alimentos, também o aluguel, água e luz sofreram reajustes salgados para o bolso das famílias.

É fato que sofremos o impacto de um vírus cada vez mais agressivo. Quem mais sofre, de imediato, são os pobres, dentre os quais, as mulheres e afrodescendentes. Mas, assistimos a um governo totalmente negligente, negacionista e genocida, à medida em que omitiu problemas que poderiam levar o SUS ao colapso, dificultou a compra de vacinas, incentivou e gastou com medicamentos para tratamento precoce da doença sem a validação da comunidade científica. Restringiu o acesso e o valor do auxílio emergencial, permitiu que fazendeiros avançassem com desmatamento, mineração ilegal e grilagem das terras indígenas. E o Congresso Nacional continua votando, todo dia, perdas de direitos como o direito à garantia de acesso ao serviço público.

A tendência do capitalismo, que se tem chamado de uberização, avança na desregulamentação dos direitos e exploração da força de trabalho, com carga horária exaustiva e salário rebaixado. O exemplo disso, vimos nas manifestações dos Entregadores Antifascistas, em diversos estados do Brasil.

O caminho é coletivo, como em outras épocas de crises. Precisamos nos fortalecer. Fortalecer as ações de solidariedade, as ações locais em defesa da vida.  Assim que a pandemia passar, com a ampla imunização da população, voltaremos com tudo a ocupar as ruas e praças para resgatar nossos direitos. O 27º Grito nos convida a lutar por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!

OBJETIVOS DO 27º GRITO DOS EXCLUÍDOS:

  1. Possibilitar espaços de formação e reflexão sobre a conjuntura social, política e econômica do país, denunciando estruturas que geram desigualdade e exclusão, especialmente na pandemia do COVID-19.
  2. Mobilizar as comunidades excluídas dos direitos básicos para adesão e participação nas etapas de formação e mobilização social, especialmente pelo direito à vacina, ao auxílio emergencial e Fora Bolsonaro.
  3. Promover espaços de trocas de experiências através dos saberes locais e da educação popular, para alimentar a esperança e fortalecer projetos e iniciativas de transformação das realidades desiguais.
  4. Defender os territórios e o direto à Terra, ao Trabalho e à Moradia, na cidade e no campo, nos rios e florestas, por dignidade e acesso aos diretos básicos de segurança alimentar, soberania popular, protagonismo das juventudes e das mulheres. 
  5. Potencializar os mutirões pela Vida da 6ª Semana Social Brasileira.
  6. Ocupar e resistir os espaços públicos: direito à rua e à manifestação e à participação popular.

Vamos ajudar a articular o Grito dos/as Excluídos/as em nossas dioceses e cidades, a participação da juventude é essencial nesse processo de construção e reflexão. Vamos fazer ecoar os nossos gritos!


Texto Adaptado da  Coordenação Nacional do Grito- Jornal do Grito nº 75/2021- https://www.gritodosexcluidos.com/jornal

Teias da Comunicação

Equipe Nacional de Comunicação da PJ "Teias da Comunicação"

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