Jovens de todo país se preparam para o DNJ

O Dia Nacional da Juventude (DNJ) 2010 está próximo de acontecer e os jovens católicos não escondem sua ansiedade. Afinal, no dia 24 de outubro não se comemorará um DNJ comum, e sim o jubileu de 25 anos de realização deste evento, nascido em 1985 sob inspiração da Organização das Nações Unidas (ONU), que na mesma ocasião instituiu o Ano Internacional da Juventude. O DNJ foi levado adiante pelas pastorais da juventude do país e atualmente conta também com o apoio do Setor da Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

 

Se a data é especial porque se celebram os 25 anos do evento, seu principal assunto não poderia deixar de tratar disso. Com o tema "DNJ 25 anos: Celebrando a memória e transformando a história", os organizadores pretendem que o DNJ 2010 seja um espaço para rever o tempo passado e projetar passos e sonhos para o futuro. Mais especificamente, um lugar e um momento para refletir quais dívidas sociais o Brasil tem com a juventude, o que está acontecendo com nossa sociedade, e que sociedade se pretende para o próximo um quarto de século.

 

Os assuntos que são debatidos durante o Dia Nacional da Juventude a cada ano dizem respeito também a uma peculiaridade organizacional do evento. O DNJ foi concebido como parte de uma série de três atividades permanentes das pastorais da juventude e, por isso, sua temática, na maioria das vezes, reflete a deles.

 

Por exemplo: o lema do DNJ este ano é: "Juventude: muita reza, muita luta, muita festa, em marcha contra a violência" e diz respeito aos lemas utilizados na Semana da Cidadania e na Semana do Estudante, outras atividades permanentes da Pastoral.

 

A representante na coordenação nacional do Regional Sul 1 (estado de São Paulo) da Pastoral da Juventude, Roberta Agostinho, destaca que o lema do DNJ faz parte de uma campanha nacional das pastorais em favor da vida e contra a violência praticada sobre os jovens.

 

A coordenadora ressalta que o lema ganhou ainda mais força e relevância após o assassinato de um dos mentores da campanha nacional, padre Gisley Azevedo Gomes. "Ele é o mártir da campanha", diz.

 

 

Apesar de uma possível semelhança com o Dia Mundial da Juventude, Roberta explica que o DNJ acontece e é organizado de forma paralela e independentemente do evento religioso internacional.

 

Ao contrário do DMJ, o encontro nacional não é celebrado em um lugar específico, mas sim comemorado em cada Diocese do Brasil. O que não significa, segundo Roberta, que o DNJ não possa servir para animar os jovens de cada canto do país a participar do evento mundial, cuja próxima edição ocorrerá em 2011, na cidade espanhola de Madri.

 

O fato das dioceses brasileiras organizarem cada uma sua programação especial do Dia Nacional da Juventude não quer dizer que elas não precisem de uma orientação prévia. Está presente no material de formação, que pode ser conseguido no site do Centro de Capacidade da Juventude: www.ccj.org.br. Com este material, cada diocese fica apta a realizar as atividades que precedem o DNJ. "São três encontros e uma celebração", explicou Roberta, que ressaltou ainda que o DNJ se trata mais da "culminância desse momento da juventude" do que propriamente de um dia de festa.

 

Não que no dia 24 de outubro, pondera Roberta, as dioceses não tenham sua programação festiva. "Na Diocese de Limeira, por exemplo, da qual eu faço parte, será celebrada uma Missa organizada pela juventude, com a presença de bispos, padres e jovens, seguida de uma marcha contra a violência e de shows, oficinas e espetáculos teatrais", contou.

 

 

As Pastorais da Juventude do Brasil são formadas por quatro organismos: a Pastoral da Juventude (PJ); a Pastoral da Juventude Estudantil (PJE); a Pastoral da Juventude Rural (PJR); e a Pastoral da Juventude Meio Popular (PJMP).