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JUVENTUDE NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

Vários são os espaços que colaboram na construção da nossa cidadania: a família, a religião, os amigos, a escola, os movimentos sociais, os partidos políticos, etc. A partir da vivência e dos compromissos assumidos nestes espaços vamos construindo o nosso jeito de participar da sociedade, lutando por direitos e cumprindo obrigações.

As formas que se constrói a cidadania em nossa sociedade normalmente não geram autonomia política e liberdade de expressão, os mecanismos de opressão e de enquadramento são diversos e estes, muitas vezes, impedem uma construção autônoma e libertadora de cada ser humano.

Mais do que uma condição jurídica, a construção da cidadania é, antes de tudo, a tomada de m lugar político no mundo, a percepção de que vivemos em espaços coletivos e de que esses espaços nos desafiam a um esforço cotidiano de construção de novos horizontes do ponto de vista pessoal e coletivo.

Muitos são os marcos legais que garantem aos cidadãos brasileiros diferentes direitos e normas a serem seguidas. No campo da juventude a formulação do marco legal ainda está em andamento, em 2003 houve um Seminário Nacional de Juventude que teve como objetivo formular um estatuto e um plano nacional da juventude, os mesmos já foram finalizados e já estão em trâmite de aprovação final.

O conceito de cidadania nos remete ao desejo de participar da sociedade e tentar transformá-la, muitas são as organizações que historicamente formularam e disputaram no campo da conquista de direitos, no âmbito juvenil podemos citar: o Movimento Estudantil, as Pastorais da Juventude, o Movimento Negro, o Movimento LGBT, o Movimento de Mulheres, os Movimentos de Cultura, os Grupos de Defesa do Meio Ambiente, etc. Todas essas organizações contribuíram e contribuem muito na conquista de direitos da juventude.

Vale frisar que a visão de jovens como sujeitos de direitos é uma das formas de olhar a juventude, mas outros olhares apontam as jovens e os jovens como adultos em fase de preparação, como seres problemáticos e ainda como atores da transformação da sociedade, nesta última visão coloca-se nas costas da juventude uma responsabilidade de mudar o mundo que é de todos e de todas e não apenas do segmento jovem.

Uma música do grupo musical Skank que tem como título PACATO CIDADÃO, nos leva a refletir sobre a nossa postura, que muitas vezes é indiferente, por exemplo, diante dos alarmantes números de extermínio de jovens que cresce a cada dia em nosso país. É preciso ocuparmos as ruas para denunciar os mecanismos de opressão e de injustiça que cada vez mais fazem dos nossos direitos belas palavras escritas em velhos papéis sem nenhuma perspectiva de concretização.  

Teias da Comunicação

Equipe Nacional de Comunicação da PJ "Teias da Comunicação"

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