Juventude Negra participa de Festival na África do Sul
Durante os dias 13 a 21 de dezembro de 2010 aconteceu, na África do Sul, o 17ª Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, organizado pela Federação Mundial de Juventudes Democráticas (FMJD). O lema desta edição do Festival foi “Por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais, derrotemos o imperialismo!” e os grandes homenageados foram Fidel Castro e Nelson Mandela.
O membro do FEJUNES e Coordenador Nacional de Juventude do Círculo Palmarino, Luiz Inácio, integrou a delegação brasileira composta por aproximadamente 150 jovens de diversos estados e organizações juvenis.
O objetivo do Festival era compartilhar experiências de luta contra o imperialismo e as desigualdades sociais, buscando a cooperação entre os movimentos juvenis de diversas partes do mundo.
O evento contou com a participação de delegações de mais de 140 países e de todos os continentes. Ele foi marcado por seus diversos painéis, seminários, conferências, atos políticos, atividades culturais e pela feira internacional de solidariedade, onde os militantes compartilhavam suas experiências de mobilização e luta.
Luiz Inácio destaca que o Festival contribuiu para que as juventudes compartilhassem suas formas de resistência frente às diversas manifestações de opressões existentes no mundo. “Pudemos, enquanto juventude negra organizada, compartilhar a nossa trajetória de luta e aprender com diversos jovens novas formas de mantermos viva a chama da resistência diante das batalhas cotidianas”, afirma o jovem capixaba.
Haiti
Um dos pontos altos do Festival foi o Ato de Solidariedade ao povo do Haiti, que ocorreu no dia 17, e contou com a participação de representantes de vários países.
Durante o Ato foi denunciado os abusos cometidos pelas tropas militares (Minustah) comandadas pelo Exército do Brasil contra o povo haitiano. Segundo relatos de jovens haitianos, as tropas brasileiras são responsáveis por abusos e violações aos direitos humanos, principalmente, de crianças e mulheres haitianas.
Ao final do Ato foi reforçada a necessidade do aumento da solidariedade ao povo do Haiti, como forma de contribuir novamente com o processo de libertação daquela Nação.