O DNJ é jovem!
Afinal são 25 anos desse evento que mobiliza tantos jovens nesse país. Muitos poderiam pensar que com o tempo o DNJ perderia sua beleza e seu encanto. Pelo contrário, o que me move a esperar pelo próximo DNJ é a novidade. Qual o tema? Qual o lema? Vamos para qual cidade? Qual a cor da camisa? Quantos jovens vão participar? Vamos refletir os encontros em qual comunidade?
Tenho 26 anos e minha vida na pastoral da juventude começou por causa de um Dia Nacional da Juventude de 1998. Já estava tudo organizado, minha irmã e eu economizamos os trocados para viajar para São Mateus, onde aconteceria o DNJ diocesano. Mas de última hora não pudemos participar. Mas uma certeza e um desafio ficou: Ano que vem, vou participar!
Passei a abordar a coordenadora do grupo de jovens para saber mais sobre o grupo de jovens e também do… DNJ! Descobri que no ano de 1999, a galera estaria reunida na minha cidade. O DNJ refletia sobre a vida em plenitude, trabalho para a juventude. A espera e a ansiedade eram grandes… Mas o dia chegou! E os jovens também… Vinham jovens de todo lugar, da cidade, da roça, de carro, de ônibus, a pé. E a quadra ficou lotada. O que mais me chamou atenção foram as faixas com belas frases e uma coreografia feita por mais de 50 jovens de um grupo e o refrão gritava forte: denuncia! Curtimos muito, tudo era novidade, aprendemos novos passos, conhecemos pessoas de outros grupos da cidade.
Em 2003, vivi outro momento marcante… o DNJ Estadual em Vila Velha, onde tinham mais de 30.000 jovens aos pés do Convento da Penha. Naquele ano, ousamos e lançamos redes em águas mais profundas. Colocamos uma banda de Congo para se apresentar no DNJ e conseguimos lançar um Projeto de Políticas Públicas para o Estado Espírito Santo.
No ano passado, já fazendo parte da Coordenação Diocesana, realizamos um sonho: um DNJ diocesano. Deu tanto trabalho, foram tantas reuniões, eram tantas equipes de trabalho e o resultado veio… Aliás, os jovens vieram e eram muitos jovens! Mais de 7000 jovens marcharam contra a violência e extermínio de jovens, dançaram, cantaram, rezaram e mostraram que tem orgulho de ser jovem.
O DNJ desse ano é muito especial, pois estamos revendo nossos álbuns de fotos, visitando pessoas que passaram por este processo, reavivando nossa memória e reafirmando nosso jeito jovem de ser Igreja! Enfim estamos em festa! Quando li o lema do DNJ, pensei que faltava a palavra sonho. Mas hoje depois de tanto ler, falar do DNJ, percebi que o mais importante no lema é a idéia de movimento que ela nos traz. Pelo menos nesse momento, não podemos só sonhar. Chegou o momento do fazer!
* Jovem Coordenador Diocesano da PJ da Diocese de São Mateus (norte do Espírito Santo), Coordenação Estadual e Regional Leste II e da Coordenação Nacional da PJ.