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Reflexão para a Semana da Cidadania 2013

Amanhã começa a Semana da Cidadania – de 14 a 21 de abril – somos convidados/as a conversar, refletir, rezar, celebrar nos mais diversos espaços (grupos de jovens, escolas, comunidades, grupos de reflexão, de coordenação, de estudos, etc) todos os anos sobre um tema específico. Este ano, de modo especial a respeito da redução da maioridade penal. 

 

É um assunto que, por vezes, gera desconforto e sim, é polêmico. Muitos/as na sociedade, aliciados/as pela mídia e em grande parte por falta de acúmulo e debate cai no senso comum de estigmatizar e estimular ainda mais a violência e duras repressões contra o "problema". É comum ouvir alguém dizer quando indagado/a ao assunto: "Tem de matar tudo, tem de prender, bandido bom é bandido morto", dentre outros clichês. São medidas paliativas.

 

Ao contrário de que alguns, ao seu bel-prazer, querem maquilar, a Igreja jamais se posiciona contra as penas. Se alguém cometeu crimes, deve cumprir, de acordo com a lei, e, dignamente, respeitado/a enquanto sua condição humana. Entretanto, é importante lembrar e procurar "imitar" a pedagogia de Jesus. Qual o caminho para ressocializar? O primeiro passo é ajudar nossos irmãos/ãs a reconhecer as falhas (cf. Jo 8, 11). Sim, não é fácil ser coerente ao que lemos no Evangelho com a prática, mas é necessário e nosso dever. O perdão é dádiva maior dos cristãos/ãs. Jesus nos lembra do ato de perdoar como um ato sublime (cf. Mt 18, 21-22), exercício em que devemos tomar consciência colocá-lo em prática.

 

Da mesma forma, a partir do aparente custoso gesto do perdão, somos chamados/as a comprometermo-nos com nossos/as irmãos/ãs e com o próprio Cristo (cf. Mt 25, 39), em vez de "matarmos todos" como exacerba o perene discurso da indiferença. Como testemunhas fiéis, temos tantos trabalhos muito menos espetacularizados e/ou pujantes nos espaços e veículos de comunicação. São irmãos e irmãs comprometidos/as e engajados/as na Pastoral Carcerária, nas Comissões de Direitos Humanos e em tantos espaços que se comprometem e atendem nossos irmãos/ãs encarcerados/as, tantas vezes trabalhos bem menos pomposos e tanto mais discretos e feitos com a humildade em servir.

 

A Semana da Cidadania, proposta pelas Pastorais da Juventude no Brasil querem gerar esse debate e nos alertar a tudo isso, no comprometimento com esses irmãos/ãs, e, sobretudo, na defesa da vida da juventude. Defesa que vem pela mudança das estruturas. Prender, punir, executar não resolve o problema e muito menos é atitude de quem se diz discípulo/a de Jesus Cristo. É preciso coragem e buscar a cada dia melhores condições de educação, de trabalho, emprego, saúde, lazer, cultura, enfim direitos básicos que não são ou minimamente são assegurados aos/as nossos/as jovens. 

 

Da mesma forma é preciso coerência entre nossas palavras e nossos atos e saber optar pela vida, pela compaixão e coragem, que não tem medo do conflito e com o compromisso de transformação, este, que vem do amor (cf. Jo 15, 12-14), mas não cabe a nós "escolher" a um ou outro e sim ter o amor como prática e gesto concreto de vida, sem distinção, pois somos todos/as filhos e filhas do mesmo Pai.

 

 

Eis a fonte: http://www.facebook.com/uiliandalpiaz/posts/237044019754001

 

 

Abraços ternos!

 

 

Teias da Comunicação

Equipe Nacional de Comunicação da PJ "Teias da Comunicação"

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