2° Encontro da Juventude Atingida pela Mineração/MA
Para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10, 10)
Nesse ultimo final de semana a PJ do Pará e do Maranhão participaram do 2° Encontro da Juventude atingida pela Mineração, que aconteceu em Açailândia (MA) nos dias 27, 28 e 29 de julho. O encontro que contou com a participação de mais de 100 jovens diversas organizações como MST, Movimento Debate e Ação, Levante Popular da Juventude, Federação do Estudante de Agronomia do Brasil, Juventude pela PAZ (JUPAZ), Comissão Pastoral da Terra, Rede Justiça nos Trilhos…
Foram 3 dias de muita animação, organização, formação, lutas, partilhas e debates sobre os problemas gerados pelo a Exploração de minérios feita pela Vale S.A, ao longo da Estrade de Ferro Carajás (EFC), que corta cerca de 27 municípios e mais de 120 comunidades. Foram realizadas diversas oficinas para contribuir no processo organizativo da juventude impactada.
A Pastoral da Juventude contribui no planejamento, na organização e na execução do encontro. Entre a oficinas, foi realizada uma oficina sobre PPJ’s e a Campanha Nacional Contra Violência e Extermínio de jovens no contexto da mineração, conduzida pelo Edilson Gondim (CNPJ) e o Pe. Gustavo (Comboniano). Estavam presente cerca de 15 representantes da PJ dos dois estados.
Animados pela palavra de ordem todos gritavam: “A juventude que ousa lutar, constrói o Poder Popular!” A juventude marchou pelas ruas da pequena comunidade de Piquiá de Baixo (Vila de Açailândia), que sofre grandes impactos causados pelas siderúrgicas. A comunidade é impactada com a poluição do ar, desta forma, os moradores respiram dia e noite um pó preto que sai das chaminés das siderúrgicas, além disso, as empresas jogam rejeitos nos rios, poluindo as aguas que abastecem a comunidades.
Com muita mística, teatro claus, paródias, bandeiras, cartazes,… A juventude encerrou o encontro fechando por alguns minutos à rodovia Belém-Brasília e a entrada de uma das siderúrgicas. Os moradores de Piquiá fizeram falas indignadas com o descaso feito pelas empresas. Finalizamos com uma mística, escutando “Pra não dizer que não falei das flores”, sujamos as mãos com o pó que polui a comunidade, marcando no peito do outro, com as mãos, simbolizando o ar poluído e as doenças provocadas, depois demos as mãos pra ressaltar a importância da união e organização popular.