II Congresso Continental Latinoamericano Sobre Vocações
Cartago, Costa Rica, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2011
O II Congresso Vocacional promovido pela Conferência Episcopal Latino Americana (CELAM), teve início com a presença de 487 pessoas de toda América do Sul, Central e Caribe.
Tema: “Mestre, pela tua palavra lançarei as redes”
Lema: “Chamados a lançar as redes para alcançar a vida plena em Cristo”
Eis os principais acontecimentos de cada dia:
30/01/2011
Chegada e credenciamento
31/01
Missa de abertura oficial
01/02
Regras gerais do Congresso: leitura do documento sobre as regimento interno do Congresso.
Memória do I Congresso (Pe. Carlos E. Silva Guillama, Uruguai):
Aconteceu de 23-27 de março de 1994 em Itaici-SP>
Tema geral: A pastoral vocacional no continente da esperança.
Desafios: compreensão da nova forma de fazer pastoral vocacional; despertar os jovens para dimensão vocacional.
A pastoral vocacional deve ter três dimensões: despertar, discernir e acompanhar.
02/02/11
Missa: homenagem à VR
Teologia das Vocações (Amadeo Cencini)
A igreja da AL e Caribe é jovem e dinâmica, sinal de grande esperança.
O tema implica na compreensão da ‘cultura’, compreendida como fruto da interação humana que tem pontos de encontro. Qual o ponto de encontro da cultura vocacional? Implica nas crenças pessoais que se convertem em patrimônios que servem à comunidade, sociedade. A teologia é um dos componentes da cultura vocacional, da construção desse edifício.
Ale da teologia, fazem parte dessa construção o afeto e a pedagogia vocacional. A cultura é o que se converte em sistema e tradição, sendo expressão da identidade de um povo. Tem valor subjetivo e objetivo que dão valor à sua vida. Não se dá através de somente repetições, mas deve ser motivacional sempre. É uma prática de vida que, mesmo tendo um método, é vivencial (não só dado teórico e comportamental, mas atenção à vida cotidiana). Uma teologia vocacional deve ser traduzida numa pastoral, concreta e que tenha esses três elementos: mentalidade, afetiva e a práxis.
Mentalidade vocacional (Téo voc.): parte da imagem de Deus como o que chama eternamente ama e chama. O termo vocação não fala exatamente de um projeto de vida, mas fala de Deus, de um Deus que chama para manifesta seu amor. É interessado na vida e no desejo de compartilhar seu mistério (que se deixa revelar X de enigma, que é frio e não se deixa revelar). Esse ministério é revelado na diversidade das vocações (não somente uma, mas na diversidade). Mesmo a salvação e redenção são pilares do mistério que envolve a vocação humana, sendo um convite ao ser humano à participação para amplitude, causa social. Vocação aqui não é para salvação e santidade pessoal, não se reduz ao âmbito pessoal, mas é para encarregar-se pelas demais pessoas, fazer-se veículo que transmite a herança divina. Foi para isso que Deus fez o homem sua imagem: capaz de sermos agentes de salvação. Reduzir ao projeto pessoal sem o aspecto missionário é infantilizar a teologia vocacional. Esse chamado é para participar da obra da redenção. Esse mistério vem de encontro ao nosso mistério, nossa história com seus limites e virtudes.
Afetiva: Diz respeito à sensibilidade e tem a ver com a espiritualidade. É essa dimensão que vai proporcionar a experiência pessoal, não somente racional. Nessa dimensão cabe criar uma cultura que serve para vida, advinda da sensibilidade e espiritualidade. A sensibilidade é construída, tem a ver com os construtos elaborados ao longo da vida (deve-se atentar á contraposição entre o que cultivo e o que desejo para meu futuro). A espiritualidade cristã é essencialmente vocacional, pois nos leva à experiência de Deus. Essa experiência tem dupla dimensão, onde não só o ser humano faz experiência de Deus, mas onde Deus também faz sua experiência com cada ser humano. Tal vivencia é uma teologia que leva a uma teofania (Deus que se revela e a manifestação da vivencia por parte do vocacionado) e teopatia (é a máxima da experiência de Deus> sofrer em Deus, como Deus e sofrer para aqueles/as pelos quais Deus sofre). A descoberta vocacional não é automática, mas é exigente, sem questões préestabelecidas.
· Projeto de vida: o jovem é livre para escolher a lógica para sua vida, mas não é livre para sair dessa lógica. Uma vez dada a resposta passa ser responsável pela resposta dada.
· Projeto pascal: encontrar sentido nas percas e adversidades.
Práxis: Sintonia entre a resposta vocacional a missão.