#16DiasDeAtivismo | A luta por direitos e igualdade de gênero

A luta histórica das mulheres pela igualdade de gênero, por direitos iguais e por mais liberdade remonta ao século XIX com a luta pelo sufrágio feminino, ou seja, o direito ao voto. Mais tarde, na década de 1960, o movimento lutou pela ampliação de direitos legais e sociais, abordando temas como família, direitos reprodutivos, sexualidade, educação, mercado de trabalho e a emancipação feminina.
Toda essa luta gerou muitos avanços na condição das mulheres na atualidade: o direito ao voto, ao acesso à educação, a promoção de políticas públicas e a criação de leis que amparam mulheres em diversas situações de violência e vulnerabilidade são algumas conquistas alcançadas ao longo do último século. Mas a tão sonhada equidade e a igualdade de oportunidades ainda não foram alcançadas. Muitas mulheres ainda sofrem com a violência de gênero, a desigualdade no mercado de trabalho, a cultura do estupro e o feminicídio.
Um dos grandes desafios na luta por direitos é superar o preconceito que distorce os movimentos feministas, transformando-os em uma busca desenfreada por poder das mulheres sobre os homens. Ao contrário dessa crença comum disseminada por pessoas que antagonizam o movimento, os feminismos falam sobre igualdade, direitos e sobre a busca por uma sociedade que preze pelo bem-viver entre todas as pessoas.
Hoje, os movimentos feministas têm muitas vertentes – como o feminismo negro, marxista, interseccional, decolonial, ecofeminismo, entre outros. Essa segmentação leva em conta que mulheres de diferentes classes sociais, etnias e culturas tem diferentes necessidades.
É importante lembrar que a solidariedade e a interseccionalidade são essenciais para alcançar nossos objetivos comuns. Assim, homens também podem e devem sem inserir nessa discussão. Reconhecer os privilégios outorgados aos meninos como reflexo da sociedade patriarcal em que vivemos; mostrar solidariedade e apoio às meninas e mulheres em suas lutas diárias; desconstruir discursos e piadas machistas em sua roda de amigos; desafiar-se a repensar as formas de masculinidade que perpetuam esse sistema de opressão; ajudar a transformar as relações assimétricas de poder entre os gêneros; compreender que a igualdade de gênero é um direito universal de todas as pessoas e, sobretudo, estarem abertos à escuta e ao diálogo são passos fundamentais com os quais nossos companheiros homens podem contribuir nessa luta universal por igualdade de gênero e pelo fim da violência contra as mulheres.
A luta por direitos e as ações políticas efetivadas pelo movimento feminista foram e são fundamentais para explicitar as formas de opressão vivenciadas pelas mulheres ao longo dos séculos. A agenda política feminista, numa perspectiva emancipatória, é imprescindível para fortalecer a luta contra todo sistema que segue gerando e perpetuando opressões. Por isso, o feminismo e a luta por direitos, assumida por todas e todos, é ainda um caminho estratégico que pode favorecer a construção de uma nova sociedade, da nossa sonhada Civilização do Amor.

Quer ler mais sobre o assunto e ficar por dentro da Campanha de 16 Dias de Ativismo pela Vida das Companheiras? Acesse aqui a página especial no site da PJ Nacional par a Campanha.

Pela vida das Companheiras!

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