#16DiasDeAtivismo | Afetividade e sexualidade: como nos relacionamos conosco e com as pessoas

A afetividade e sexualidade são caminhos para que a juventude seja feliz e tenha mais vida. Quando descobertas e vivenciadas de forma saudável e com sabedoria, essas duas potências dadas a nós por Deus são ferramentas de expressão de nossa identidade, subjetividade e de nossa realização pessoal.

O ponto de partida para falarmos de educação para a afetividade e a sexualidade é a compreensão da pessoa humana em todas as suas dimensões: corpórea, psíquica e espiritual. Essas duas forças compreendem o ser humano em sua totalidade e podem ser um instrumento que nos leva ao amor partilhado, ao encontro com o outro e a outra e à comunhão.

Para entender mais de afetividade e sexualidade, temos que compreender os conceitos. A sexualidade é uma realidade dinâmica, um componente fundamental de nossa personalidade e uma das maiores riquezas do ser humano. É um modo de ser, de se manifestar, de se comunicar com as pessoas, de sentir, de expressar e de viver as relações e o amor. Além de seres afetivos, somos seres sexuados. Tudo o que somos, sentimos, pensamos e fazemos é estruturado a partir da nossa identidade sexual. Somos seres diferentes, mas ao mesmo tempo partilhamos valores e a dignidade humana. A sexualidade esconde surpresas e, às vezes, perplexidade. É também uma base indispensável para a realização do ser humano e, se desenvolvida a partir da repressão, pode carregar traços que nos lembram bloqueios, medo do corpo e da forma de lidarmos com ele, dificuldades em expressar a afetividade, receio de tratar a sexualidade.

A afetividade é a capacidade que temos de experimentar ou vivenciar internamente os fatos que acontecem à nossa volta. Todas as coisas que acontecem ao nosso redor nos afetam, produzem ecos internos em nós. Manifestamos estes ecos através de emoções e sentimentos como alegria, amor, raiva, surpresa, medo… Nós somos seres afetivos por natureza. O afeto permeia nossas relações com a família, amigos, grupos, comunidade, sociedade, Igreja, Deus, ambiente, cosmos. E não nos relacionamos com as pessoas de forma igual: com algumas, o afeto é mais intenso do que com outras.

Descobrir e desenvolver a sexualidade e a afetividade é de grande importância para as relações com o outro e com a outra, mas também diz muito sobre a forma como nos relacionamos conosco, com o nosso próprio corpo. Especialmente no período da adolescência, quando passamos a desenvolver uma nova relação com os corpos, é importante o cultivo do amor-próprio e da nossa autoestima. Sabemos que falar de amor-próprio não é nada fácil, principalmente nesse período em que a tendência é comparar o próprio corpo com o dos e das colegas, em um intrincado jogo de disputa de poder e popularidade em muitos círculos sociais. Mas o cultivo do auto amor e da nossa autoestima são essenciais. Gostar de si mesma/o, se aceitar, compreender e viver bem com quem a gente é se torna um passo importante para que tenhamos uma relação de carinho e afeto conosco e, consequentemente, com o outro e a outra.

É importante cultivar as relações a partir da afetividade com as pessoas com quem nos envolvemos, afinal, o amor é reflexo da própria vida de Deus. Mas é igualmente importante considerar os valores fundamentais para todos os relacionamentos, de forma a construirmos sempre relações pautadas no respeito mútuo, na honestidade, na acolhida, na escuta e na valorização do outro e da outra em suas diferenças e especificidades.

Quer ler mais sobre o assunto e ficar por dentro da Campanha de 16 Dias de Ativismo pela Vida das Companheiras? Acesse aqui a página especial no site da PJ Nacional par a Campanha.

Pela vida das Companheiras!

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