#16DiasDeAtivismo | Objetificação dos corpos femininos

Quando falamos em objetificação do corpo feminino nos referimos à banalização da imagem da mulher; é reduzir o corpo à condição de objeto, algo inanimado que existe pelo simples fim de satisfazer as necessidades de alguém (em geral homens); é subtrair das meninas e mulheres todos os outros aspectos que nos constroem como pessoa – nossa personalidade, nosso intelecto, nossa história, nossos sonhos.

Essa lógica se apresenta de diversas formas. Está na hipersexualização das mulheres – isso aparece no cinema, na literatura, na música, em campanhas publicitárias e em tantos outros meios que continuam perpetuando essa cultura; também está presente quando falamos na fetichização dos corpos de mulheres negras, gordas, trans, indígenas. Esse conceito está intimamente ligado à ideia forjada pela sociedade patriarcal de que o corpo da mulher existe para satisfazer os prazeres masculinos.

Esse fenômeno da objetificação traz consigo uma infinidade de problemáticas que tem consequências muito danosas para a vida das mulheres, como o estabelecimento de um padrão de beleza irreal e inalcançável, que pode levar à sérios problemas de auto estima, transtornos alimentares, depressão; a naturalização da violência de gênero e da cultura do estupro; a desqualificação da figura da mulher, que também se reflete na falta de equidade nos ambientes acadêmico e profissional. O impacto que tem na saúde mental e na autoestima de meninas e mulheres é imensurável, e pode levar, inclusive, a um medo real de construir relações consigo mesmas e com outras pessoas.

Então é fundamental que passemos por uma mudança no olhar e na mentalidade. Para isso é importante que deixemos de consumir conteúdos tóxicos, que incentivem esse fenômeno, que fazem com que meninas e mulheres duvidem de si mesmas, que as façam querer competir umas com as outras; é importante que não naturalizemos esse discurso e busquemos sempre desconstruí-lo, mesmo que apareçam na forma de “piadas” machistas na roda de amigos; e, sobretudo, que ampliemos nosso olhar para novas formas de vermos e de transformarmos nossas relações com nós mesmas/os e com o mundo.

Quer ler mais sobre o assunto e ficar por dentro da Campanha de 16 Dias de Ativismo pela Vida das Companheiras? Acesse aqui a página especial no site da PJ Nacional par a Campanha.

Pela vida das Companheiras!

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